Quando me perguntam o que é Dança Circular Sagrada, suspiro. É difícil falar, não consigo colocar em palavras o que meu corpo, minha alma, meu ser como um todo sente numa roda de dança. Mas respondo: “Você tem que experimentar, precisa dançar, entrar numa roda, dar as mãos, ouvir a música, sentir. E você encontra melodias das mais diversas tradições, alguns ritmos absolutamente novos ao corpo, aos nossos ouvidos e, junto a isto, os passos, passos muito antigos, passos que nos levam para frente para trás, para a direita para a esquerda, nos giram e nos guiam. Círculos, semicírculos, espirais. Passos que despertam uma nova consciência em você.”
É difícil? Uma boa pergunta, o que pode ser difícil quando você esta inteiro, atento e pronto para se permitir? Não é fácil ou difícil, é o exercício da entrega, o circulo nos leva quando permitimos vivenciar com simplicidade esse momento mágico. Conecte a planta dos seus pés à Terra, seu coração com o Círculo e o topo da sua cabeça ao Céu. E então você vai, e você dança, às vezes troca o pé, mas dança. E quando termina, fecha os olhos e sente que algo se passou, mudou, vem sempre uma nova sensação, especialmente a sensação do pertencimento. A ansiedade se vai, estamos em quietude. Eu sou.
Tenho a ousadia de dizer que meu corpo fica em profundo estado de oração, mas é assim que eu o sinto. Independente das danças serem meditativas, alegres, fortes ou suaves me conecto com essa energia de Cura, acontece naturalmente.
Através do caminho do Sagrado Feminino encontrei as Danças Circulares Sagradas, fiz um treinamento em 1999, em São Paulo, e não parei mais. Dançávamos nos plenilúnios da Chácara Remanso, mas queria mais. Convidei um grupo de amigas e dançávamos na sala da minha casa, arrastávamos o sofá e dançávamos, uma vez por semana. A sala ficou pequena. Fundamos o grupo Rodas da Lua, alugamos uma linda sala na Asa Norte, dançamos lá por 7 mágicos anos, ganhamos um prêmio dos ministérios da Cultura e Saúde, com um trabalho chamado Rodas de Cura, confirmando assim que a dança Cura.
Há 4 anos junto com Andréa Maura, Myridakini e Romeu temos o Espaço Om Tare, onde acontecem as Rodas Abertas todas as segundas-feiras, a Mandala de Tara às terças, Manhãs Meditativas, celebrações de Lua Cheia, Círculos de Tambores, além de várias oficinas e workshops. A dança cura venha experimentar!
Este artigo foi escrito por Rita Almeida em 8 de abril de 2013 às 23:24, e está arquivado em Terapia Complementar.