Holambra, 13 de outubro de 2013
Hoje o galo parecia cantar diferente dos outros dias. Eram cinco horas da manhã e os raios do Sol ainda não estavam no horizonte.
Não era o galo diferente, mas meus ouvidos outros, para ouvir o galo, o pássaro e o grilo, quando a Aurora ainda nascia.
Ouvidos de um outro acordar depois de uma noite bem dormida, após um caminho de sábado em oito passos, para esperar o domingo e completar os dez.
Frida Zalcman, Frida Zalcman. Bom, Bom!
Há três anos sua imagem adentrava minha casa através de um querido amigo Fernando, hoje já estelar. “Você precisa dançar com ela”-dizia ele. Assim que o tempo chegar- eu lhe respondia.
Então, em tempo de Primavera o meu 1% e o 1% de cada um aqui, mais os 99 do Universo tornaram esse encontro possível.
Belineder
Frida Zalcman, Frida Zalcman. Bom, Bom. Acordar contigo o DNA divino em plena manhã de cedo despertar.
Resgatar nossas Centelhas Divinas; banhar-nos no Rio das Almas, pondo o ego no seu devido lugar.
Controlar os pensamentos em Pausa e o passo atrás poder dar, para construir pontes onde a mente sobre a matéria, nos ensina a parar de julgar: o que no outro eu vejo e que habita em mim.
Então, sair da concha para assumir o mundo, com passo seguro, com os passos de rainha, em passos de leminiscata, o oito infinito.
E aqui era Vênus no centro, quadro de Boticelli da mulher cujas pernas transbordam suas saias turquesa e cujos pés violáceos trazem os passos de um feminino ondulante, firme e preciso na medida do equilíbrio.
Balanços, giros, valsas, pés a sair do chão.
Alma intensa dançante, com clareza do seu querer encontrar a fonte, aproximando-se dela, cantando de garganta aberta para soar o coração.
Dos olhos respeito, pois da luz divina, essência primeira, vivemos vislumbre. Quando Luz, raio tênue que vemos de nossas janelas; quando Água, quase névoa a umidecer a nossa pele.
Energia sentida em intensidade imensa,a cada passo em dançante homeopatia para o dia-a-dia. Os nomes de Deus, dos Anjos a pulsar de vinte em vinte minutos.
Conhecimento profundo em exemplos de cotidiano. Tapetes mágicos de um mineiro Salvador.
O complexo e o simples nos cantos durante a dança. Emoção de ouvir coração e gargantas.
E faltava Et Panecha, a busca.
“Eu vou te procurar, mesmo que eu corra o mundo atrás de você. Então “eu e Tu” em diálogo no tempo, na vida: transformção.
Encontrar a “Sanação”, a Cura Total, o Messias em mim, em cada um de nós.
Para por fim viver a Bênção, quase colo para repousar. Cantiga de ninar. O passe para bom brasileiro popular.
E o que sentimos de um coração ao outro é uma imensa gratidão pela entrega, pela alma aberta, pela alegria em pura vibração. Pelo comprometimento com esse caminho dançante e pelo compartir sua própria transformação.
Gratidão pela força de suas mãos e a firmeza dos seus passos.
Gratidão pelo fim de tarde em espiral, transformado em círculo para fora.
Gratidão por agradecer os presentes em matéria e em espírito, e ao Universo nos seus 99% de incomensurável generosidade por nós.
Gratidão por nos acordar para o caminho além da Roda, para o comprometer-se com o daqui para frente, com o futuro além desse nosso presente de maravilha.
Frida Zalcman, Frida Zalcman, Frida Zalcman.
Que lindo é o seu nome que agora nosso coração habita.